MAURO BRANDÃO, mineiro de Caeté, escritor, poeta e músico, é Bacharel em Ciências Econômicas pela U

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Na Solidão do Outro

Enquanto finalizo a odisseia de "Claraluz e o Poeta", invisto nos meus outros projetos literários. E estou apostando firmemente em "Na Solidão do Outro". Numa narrativa em 1ª pessoa, construída pela estória emocionante de Frederico Zanon, que descobriu que possuía dons peculiares, pois ele, depois de um certo tempo, descobriu que, em sonho, vivia a vida de outras pessoas, e passava a descobrir a história de outras pessoas. O livro, uma ficção psicológica, começa com uma página de uma frase apenas, de Clarice Lispector. Assim, quero compartilhar o início desta impressionante história:



E ninguém é eu, e ninguém é você. Esta é a solidão. 




A
história que vou contar é impressionante e única. Muitos de vocês, ao saberem do dom singular que carrego, ficarão com inveja. Gostariam de ter os poderes que tenho. A vocês, digo: Não queiram! Na medida em que souberem o que passei, entenderão que o fardo que carrego por toda a minha vida é quase insuportável.        
O meu nome é Frederico Zanon, e tudo aconteceu quando comecei a sonhar com algumas pessoas, algumas minhas conhecidas, outras que não faziam parte do meu rol de amizades, algumas eram pessoas públicas, como políticos e artistas, e ainda algumas que eu nunca vi e nem sei se existem ou existiram. Todas às vezes eu acordava muito assustado quando sonhava com alguém, pois eu sonhava com a pessoa como se eu fosse ela, num realismo impressionante.
Até que um dia sonhei com o Luís Carlos, um amigo de infância. Os laços de amizade com o Luís enfraqueceram pelas circunstâncias da vida. Ele foi viver a sua vida e eu a minha. Mas, por obra de um fato inacreditável,sonhei que eu era o Luís, e que eu, na pele do Luís, me sentia desanimado com o casamento. No sonho, a minha mulher, que na realidade era a mulher do Luís, e eu vivíamos uma crise que parecia insolúvel. Depois de 15 anos casados, não conseguíamos nem olhar um para o outro. Sexo era uma palavra que não existia no dicionário do meu casamento, ou melhor, no casamento do Luís. Não nos suportávamos, e no sonho, a minha ideia fixa era divorciar-me de vez. Olhava aquela mulher com desprezo, e ela também me olhava com desprezo.
E no sonho, ativava as minhas lembranças, que eram na verdade as lembranças do Luís Carlos. Lembrava-me das minhas amantes, e aquelas lembranças eram bálsamos em meio à constante tortura em que eu vivia ao lado daquela mulher. Chegava a minha casa desanimado, e sonhava somente com o divórcio. Por uma situação peculiar, a separação tinha barreiras difíceis de serem resolvidas. Nas lembranças em sonho, quando o Luís –eu no sonho –casei-me com a Sabrina, uma condição nos impedia de separarmos. Muito machista, fiz questão de que a minha mulher não trabalhasse, e eu a sustentaria. Sabrina era uma menina de 16 anos apenas, e morava numa roça de uma cidade do norte de Minas Gerais.A conheci quando ela veio passar férias na casa do irmão. Nos conhecemos num clube que tinha piscinas, quadras de esportes, etc. Ela era um mulherão, e logo tratei de apresentar-me a ela. Conversamos por uma hora, aproximadamente. Depois disso, eu tinha compromissos e precisava ir embora. Pedi a ela que me acompanhasse até meu carro, um velho fusquinha, que estava no estacionamento do clube. Ela veio comigo, e lá nos beijamos muito. Sabrina tinha um corpo perfeito. Uma menina de 16 anos, mas um corpo de uma mulher de revista Playboy. Fiquei tarado com aquela mulher. Marcamos um novo encontro. Saímos de fusquinha no outro dia, e fomos a um poço para nadarmos. Nadamos pelados, e lá, naquele poço, aconteceu a nossa primeira transa. Aquele dia foi muito engraçado. Percebemos depois que algumas pessoas ficaram escondidas, no mato, nos observando. Eram trabalhadores que catavam lenha para um forno que funcionava clandestinamente numa clareira no meio daquela mata.
(...) 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Brincando de Deus

Ô gente.

O caldo da criatividade está transbordando. Hoje, mais uma ideia-força para um novo livro brotou - Brincando de Deus. Mais uma estória nascida da falta de limites à imaginação. Para o escritor, a imaginação é a realiação do impossível que se torna possível nas palavras saídas da boca da alma.

Depois conto detalhes.

Mauro